quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaval, para mim...

Há anos que venho reparando como o carnaval influencia em vários pontos diferentes, sejam eles, morais, ecológicos ou até mesmo no ponto de vista de cidadania. Pois bem, essa maldita época do ano que chega todo período de fevereiro me irrita de uma forma sem tamanho, é pela questão de experiência própria que vou relatar uma história minha a vocês, mas antes, quero tocar alguns pontos importantes desse tópico. Essa festa tão estúpida e nem um pouco duradoura, essa felicidade momentânea que consome a vida de milhares de brasileiros, que consome os canais abertos com tanto lixo. Suja as ruas, praias e a violência aumenta de uma forma absurda, "OH, NOSSA", e isso ainda pode ser chamado de festa ? Não quero generalizar, de forma alguma, mas é a grande verdade.

Era uma SEGUNDA-FEIRA de fevereiro, período de carnval, quando que se fosse em qualquer outra maravilhosa e calma época do ano seria pra mim apenas mais um dia tranquilo de surf, mas não, graças a essa época de carnaval transformou mais um dos meus meios de lazer em estresse. A praia estava LOTADA, e como muitos já sabem, o Rio de Janeiro é a cidade dos bancos de areia, até porque, não existiriam ondas sem os mesmos, eles fazem a onda, mas trazem os banhistas pra perto da rebentação, fazendo com que a vista dos surfistas se torne mais um jogo de estratégia de desvio de cabeças. Eu peguei a onda no pico e vim fazendo ela, os espertos desviavam, peguei a onda e voltei remando para o pico até que subiu outra série e eu desci outra onda, fiz a onda até que chega em uma parte que parecia mais um cardume de PESSOAS, eu não sabia o que fazer, mas já tinha me estressado com um banhista então resolvi continuar, você só via as cabeças mergulhando e outras gritando, até que, acertei um, es o diálogo : (banhista) - Ei cara, tá maluco, " vai surfar pra lá". Belo argumento do indivíduo. (eu) - A que isso, você fica moscando aqui na frente e quer que eu vá surfar pra lá, toma vergonha nessa cara, o lado da macumba não tem nem onda, vai pra lá oras...

A quantidade de gente que vem de outras regiões é enorme, e são pessoas que não tem o mínimo senso de ética, pessoas que não sabem o certo e o errado em um meio público, pessoas que não conseguem enxergar o óbivio das coisas, pessoas que só olham o lado delas, o lado de que "eu sou banhista, estou na razão", isso é irritante e farofeiro.

Quero esclarecer aqui que não tenho preconceito com quem gosta de curtir o carnaval, viajar, vir aqui pro Rio, desde que tenha senso e não agrida ao meio de forma alguma, e isso tá bem dificil de ver...

Obrigado por ler.

Caio.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Treino na Grajaú

Era um sábado, acordei ás 7:00am, tomei meu café, meu banho e escovei meus dentes, coloquei a calça moleton, a camisa, o tênis, arrumei minha mochila com as garrafinhas de água e parti pro ponto de ônibus, já eram 7:30, peguei um bus e desci na bandeirantes, em seguida peguei uma van até a taquara, dá taquara peguei um ônibus para a Grajaú, já eram 8:00am, cheguei na praça do planalto do shop por volta das 9:00am, o pessoal da Parkour estava lá, falei com todos eles e fiquei esperando o Homem Sapo chegar, chegou o Homem Sapo e o Aquaman, logo, o JJ começou a dar uma aquecida enquato ficamos conversando e tal, ele resolveu que não tinha mais ninguem pra chegar e que podiamos partir logo para a reserva ambiental da Grajaú.

No meio do caminho, tem uma escadaria que fizeram os olhos de todos os traceurs e traceuses brilharem ( vulgo, praticante de parkour ), na escadaria tinham várias pilastras e o JJ, JC e Raxaman não pensaram 2 vezes em começar a treinar. Eu dei uma alongada e fiz uns climbs nas pilastras enquanto os demais faziam precisões. Começamos a caminhar mais e chegamos ao parque ecológico, eu olhei e vi de primeira uma porrada de banquinhos e três muros em conjunto, coloquei minha mochila no chão e me atrevi logo em climbar, treinamos bastante ali em baixo e fomos para as pedras. Começou eu e Sapo passando pelas pedras utilizando os métodos naturais do Parkour, chegando na metade do caminho o pessoal já se encontrava lá treinando, o resto do grupo chegou e resolvemos subir mais ainda, depois de chegar lá em cima treinamos mais um pouco e descemos.

Depois de horas de treino resolvemos voltar tudo, chegamos no ponto inicial. JJ disse que mais um pouquinho a frente tinha uma praça boa, ok, andamos e encontramos uma lanchonete onde deixamos o dono(a) do estabelecimento rico, mais a frente resolveram parar de novo para comprar um açaí, na frente da loja tinha uma sequência de precisões em cima do gelo baiano ( aqueles paralelipípedos que colocam na calçada pros carros não estacionarem ), o JJ foi mechendo em todos para ver se estavam bem fixos no local onde presos, foi justamente nessa hora em que eu estava conversando com o sapo e não percebi que o último estava inapropriado para o impacto do pouso, eu subi no obstáculo e lancei as precisões, quando chegou no último eu escutei um grito do JJ e os demais, logo me veio na cabeça de que o último poderia estar solto, eu já estava no alto e a única coisa a fazer era não se apavorar, pisei com um pé só, mas de leve, e já joguei pro chão, mas foi de boa.

Andamos mais e já estávamos quase perto do maracanã, quando finalmente aparece a tal praça, colocamos todas as mochilas juntas no banco e fomos treinar, treinamos bastante até que no final da energia de todos o JJ resolve realizar um percurso pela praça, assim, um percurso independente, você com sua criatividade, adaptando o que sabe aos meios de obstáculos que vierem pela frente, e assim foi, foram uns 5 percursos até ninguém aguentar mais. E assim acaba um belo dia de parkour tomado pelo cansaço e suor.

Obrigado por ler, até a próxima...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ficar doente.

Eu sempre fui uma pessoa muito ativa, então ficar doente sempre foi um dos meus pesadelos, bem, acho que isso é uma coisa ruin pra todo mundo, mas tem gente que nem se importa muito. Essa semana estive com uma gripe forte, ela chega sorrateiramente como uma garganta enflamada e você não dá muita importância, depois vem aquele nariz entupido e você não toma precauções, depois chega o mau estar, a dor de cabeça e sensibilidade corporal, então você fica na internet igual a um "nerd tetudo" olhando várias bostas.

Uma coisa ruin que tenho é não conseguir me entregar a doença, mas a voto de tentar melhorar rápido eu me escondo na toca e fico em casa quietinho. Passam 1, 2, 3 dias e você não melhora, daí começa a me dar aquele estresse e eu doido pra sair de casa, mas controlo os meus controles e me seguro aqui dentro. No quarto dia de inferno, eu acordei bem e panz, fui pra um churrasco na casa do amigo do meu pai, e na hora de durmir, dormi bem como se amanhã fosse acordar novo, mas é impressionante como durmir é bom e ao mesmo tempo é ruin, tu acorda todo errado e torto de novo e parece que esse ciclo de acordar com mau estar não vai acabar nunca. Foi ai que meu pai me deu um copo de água morna com sal e alho para fazer gargarejo, e agora estou me sentindo bem melhor, e minha garganta também.

bem, galera, desculpe se derrepente não foi tão interessante esse último post, mas foi a experiência que tive nesses últimos dias, e, resolvi compartilha-la. Até a próxima....

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Histórinha

Bom, o tédio me deu mais uma facada, e eu vou relatar mais uma de minhas experiências para vocês.
Domingo de sol, um dos principais programas para um dia desses é a praia, eu e Miguel já tinhamos surfado e estávamos meio cansados, resolvemos dar uma curtida no visu da pedra do Recreio. Anda pra lá, anda pra cá, e resolvemos descer no aquário ( parte do lado da pedra que parece mais um aquário e tem vários peixinhos exóticos ), chegando lá, 50 % da população do subúrbio do Rio de Janeiro estava lá, cada tipo de gente que, MEU DEUS DO CÉU, horrível.

Mandamos uns mortais de uma pedra solta que tinha lá, e resolvemos dar um mergulho lá da raxadura, andamos pela lateral da pedra até chegar em uma parte meio difícil de passar, pulamos e chegamos até lá a nado, encontramos uns moleques metidos a mergulhadores/saltadores profissionais que, só tinham coragem, porque experiência estavam longe. Eu e Miguel nunca tinhamos pulado de lá, a altura era relevante, mas um pouco alto para primeira vez, a maré estava meio vazia e eu estava com receio de pular, foi quando o miguel disse : - Cara, eu não vou pular de cabeça não, vou pular de bomba mesmo. Eu respondi: - Vou pular de cabeça, agora que eu já subi aqui e esses moleques estão enchendo o meu saco...
Eles estavam falando que iam nos empurrar porque estávamos demorando muito para tomar uma decisão e pular, foi ai que o Miguel não pensou duas vezes e foi, eu demorei uns 5 segundos até respirar fundo e fui de cabeça mesmo, o mergulho foi tranquilo e voltamos para a pedra ao lado.

Foi quando percebi que a saída do aquário estava ficando meio entupida, eu disse ao Miguel: - Cara, melhor a gente mergulhar e voltar por fora, a nado. Ele disse: - Também acho.
Nadamos e chegamos ao outro lado da pedra, bem, dito e feito, estava rolando uma briga na saída do aquário, e ainda bem que viemos por fora, depois disso, a "cambada" foi embora de volta pra praia, e rolou mais uma confusão, só que lá em cima, no asfalto, marcamos uns 30 minutos até resolvermos voltar para a areia.

Essa foi mais uma de minhas experiências, eu não me lembro a data disso, mas façam bom proveito.
Já tinha mais de 1 semana e meia que não colocava o que aprendi em treinos anteriores em prática. Resolvi ir treinar com um amigo, depois de mais ou menos 1 hora e meia de treino, me deparo com uma precisão de curta distância, mas, existiam as barreiras invisíveis do psicológico, o Cabral fez com facilidade, mas eu estava despreparado para aquilo, foi quando eu subi no obstáculo e o olhei fixamente, quase sem piscar, a concentração estava forte e os barulhos dos carros se tornaram ruídos bem baixinhos, como o som de uma mosca chata e pertubante. O ponto B era fico e tinha um ferro e uma árvore a uns 20 centímetros de onde eu ia aterrisar, a cor do meio fio de onde eu ia pousar era clara e o sol batia forte fazendo com que ficasse meio irritante de olhar. Eu preparei a ponta dos pés no ponto A e lancei a precisão, "puff", não consegui, foram 5 tentativas até chegar ao sucesso.

Só conseguia pensar que eu já tinha feito precisões muito mais distantes, perigosas até, mas a falta de treino atrapalhava muito. Depois daqueles 8 minutos de tensão, todas as outras coisas do treino se tornaram muito mais fáceis, fiz precisões mais distantes que aquela, e por fim, cheguei em casa realizado de ter feito um ótimo treino, sem me machucar e bem mais ativo também.

Treino de Quinta feira, 11 de fevereiro, 2010.